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Voltar Publicada em 08/01/2016 | ARIQUEMES

Com quatro crianças internadas, médica responsável por clínica faz greve de fome após fim do contrato de r$ 2,2 milhões por ano


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O Governo do Estado não tem qualquer culpa pelo fim do contrato com a empresa Berti e Berti, responsável pela Clínica da Criança, para fornecimento de UTI Neonatal em Ariquemes. Documentos obtidos pelo RONDONIAGORA revelam que na realidade, a Clínica nem poderia estar em atividade, em razão de gravíssimas irregularidades detectadas não somente pelo Ministério Público do Estado - de onde partiu a recomendação pelo fim do acordo – mas por inspeções de órgãos reguladores estaduais e federais, como o Conselho Federal de Medicina (CFM), que em 21 de julho último, determinou uma segunda intervenção médica no loca, em razão dos problemas encontrados.

Responsável pela área médica e técnica, a empresária Luciane Berti Cavalcanti afirma que iniciou uma greve de fome para continuidade de seus trabalhos assistenciais, mas não detalhou a população de Ariquemes que a Clínica recebia cerca de R$ 2,2 milhões anuais para a realização dos serviços. Ela também alega que não teve direito de defesa e que não sabe os motivos que levaram o Governo e o Ministério Público a tomarem as duras medidas. O MP na verdade foi motivado por sérias denúncias, de acordo com procedimento iniciado pela promotora Priscila Matzembacher Tibes Machado, que determinou ao Executivo a realização de fiscalização. No dia 20 de fevereiro de 2015, uma equipe da Sesau foi atendida pelo irmão de Luciane, o médico Marcos Berti. Um relatório foi realizado e encaminhado para o Ministério Público e demais órgãos de fiscalização.

Entre as irregularidades já anunciadas pelo Ministério Público, uma chamou a atenção dos inspetores: a própria Luciane Berti Cavalcanti é responsável 24 horas pela clínica, não havendo outros médicos no local. No momento dessa fiscalização, em pleno período de Carnaval, ela afirmou que estava realizando curso. Também foi detectado que mantém clínica particular ao lado.

O mesmo fato foi também constatado e denunciado pelo médico Eurípedes Sebastião Mendonça de Souza, que, a serviço do Conselho Federal de Medicina esteve na clínica em 21 de julho de 2015 e atestou: “Observamos que a Drª Luciane Berti atua de forma irregular por: apresentar tripla acumulação de função (médica, diarista, responsável técnica e plantonista”. 

E não foi só, explicou o fiscal do Conselho Federal de Medicina. “Também os médicos Marcos Berti Cavalcanti, Edneia Teixeira da Silva, Regina Maria Carvalho Pontes e Aline Novais Rosa não apresentam os requisitos para atuarem como plantonistas numa UTI Neonatal, pois nenhum dos médicos possui título de especialista em Pediatria”.

Crianças e greve

Nesta quinta-feira a médica Luciane Berti Cavalcanti completou 24 horas de greve de fome mas como continua sendo responsável técnica por sua empresa, pelo menos quatro crianças correm sério risco, uma vez que permanecem internadas na Clínica da Criança até receberem alta médica. São os quatro últimos pacientes custeados pelo Estado, que apenas cumpriu orientação do Ministério Público.

 

Fonte: RONDONIAGORA

Fonte: Rondoniagora

ATENÇÃO SR(s) INTERNAUTAS

Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.

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