Um fato curioso vem chamando a atenção na cidade de Ji-Paraná/RO. Nos últimos meses, diversos estabelecimentos de entretenimento, tais como bares com música ao vivo e congêneres vem sofrendo denúncias por parte de uma “pessoa misteriosa”.
Essa “pessoa misteriosa” aciona as autoridades policiais denunciando estabelecimentos, alegando que estão funcionando sem documentação legal, e insistindo que a polícia compareça ao local para averiguações.
O fato vem chamando a atenção das autoridades, visto que este denunciante de maneira insistente “exige” que a polícia vá até os estabelecimentos em que ele aponta como tendo funcionamento ilegal.
Um caso por exemplo, é o recém inaugurado “QATAR LOUNGE” (antigo Kamalote), que vem fazendo enorme sucesso aos finais de semana. O proprietário do estabelecimento vem recebendo de maneira insistente a visita dos policiais em seu estabelecimento sem ter praticado qualquer ilegalidade.
Ao questionar os policiais, estes respondem que o “denunciante misterioso” insiste para que a polícia venha até o estabelecimento, pois haveria a denúncia que não havia qualquer documento que permitisse o funcionamento do local, bem como outras irregularidades documentais.
O proprietário do QATAR LOUNGE por se cansar de apresentar toda a documentação legalizada, bem como por perceber que as denúncias eram falsas, começou a questionar os policiais quem seria esse “denunciante misterioso”.
Finalmente foi possível descobrir a identidade do “denunciante misterioso”, trata-se da pessoa de RÔMULO, conhecido popularmente como “RÔMULO DA ARENA”.
Restou constatado que RÔMULO está denunciando estabelecimentos de entretenimento na comarca de Ji-Paraná/RO de maneira insistente, afirmando para as autoridades policiais irregularidades inverídicas.
Acredita-se que o intuito de RÔMULO é levar viaturas para a porta dos estabelecimentos dos concorrentes ao qual realiza falsas denúncias com a intenção de dispersar ou causar desconfiança junto aos clientes, na tentativa de que o público saia do local e se direcione à sua casa de Shows (ARENA).
Ao ser questionado pela reportagem, o proprietário do QATAR LOUNGE (antigo Kamalote) afirmou estar recebendo intimidações de concorrentes, visto que seu estabelecimento possui grande público e está concentrando a maior parte das pessoas que buscam entretenimento noturno em Ji-Paraná/RO. As intimidações são ordens para que ele encerre e feche sua programação cedo, para que o público possa se deslocar para determinadas casas de shows, visto que estando o QATAR LOUNGE aberto, tais casas de shows estariam tomando prejuízos.
Vale lembrar que RÔMULO, proprietário da ARENA, já foi autuado pelo poder público em multas de alto valor monetário por irregularidades em sua casa de shows, bem como já teria entrado em luta corporal com vizinhos de seu estabelecimento por desavenças com o som alto.
Os comerciantes de Ji-Paraná/RO que trabalham com entretenimento noturno já sofrem grandes dificuldades, alguns ainda estão se recuperando dos efeitos da pandemia, outros estão tentando ganhar seu espaço e conquistar seu público. O que se constata, é que quando um estabelecimento se destaca por mérito entre os demais, o “denunciante misterioso” se incomoda, como se fosse o dono da noite jiparanaense, como se ninguém tivesse o direito de ter seu espaço.
Toda denúncia de crime ou transgressão é válida, e todo estabelecimento que estiver com irregularidades, tem que ser fiscalizado, no entanto, o que não é admissível é ter denúncias caluniosas utilizando a máquina pública somente para alcançar fins pessoais ilegítimos.
Espera-se que as casas de entretenimento se destaquem pela sua qualidade de serviço, conforto, qualidade de som, de ambiente, e não por tentar prejudicar os concorrentes e ser a única disponível à população.
Ressalta que os estabelecimentos denunciados de maneira caluniosa poderão procurar seus direitos na justiça, podendo o denunciante incorrer no crime de denunciação caluniosa, que tem pena prevista de 2 a 8 anos segundo o Código Penal brasileiro.
Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.