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Voltar Publicada em 27/06/2019 | GERAL

Foto de pai e filha afogados na fronteira dos EUA simboliza drama de migrantes


Corpos de pai e filha de apenas 1 ano e 11 meses são encontrados após tentativa de atravessar rio que separa o México dos Estados Unidos. Família havia deixado El Salvador em abril para pedir refúgio em solo americano.

 

 

Pai e filha são encontrados mortos após tentarem travessia do Rio Grande na fronteira entre do México e EUA

 

A imagem dos corpos de um homem e sua filha de menos de dois anos de idade afogados em uma margem do Rio Grande, na fronteira entre o México e os Estados Unidos, gerou comoção internacional e chamou atenção para os perigos enfrentados por migrantes que fogem da pobreza e da violência em seus países em busca de refúgio em solo americano.


O registro da repórter Julia Le Duc, publicado pelo jornal mexicano La Jornada nesta terça-feira (25/06), mostra a menina com a cabeça dentro da camiseta do pai e com o braço em torno de seu pescoço, sugerindo que ela se agarrava ao homem nos momentos finais de sua vida.


Segundo Le Duc, o migrante salvadorenho Óscar Alberto Martinez Ramirez, de 25 anos, tentou a travessia do rio, que demarca uma grande parte da fronteira, e sua filha Valeria, de 1 ano e 11 meses, no domingo, aparentemente desesperado por não conseguir pedir refúgio para a família.


Eles haviam chegado no mesmo dia à cidade mexicana fronteiriça de Matamoros. Como o escritório de fronteira não abre aos domingos, a família decidiu caminhar ao longo do rio e tentar a travessia pela água. A frustração com o fato de não conseguiram requerer refúgio teria motivado a arriscada travessia.


O pai colocou a filha na margem americana e tentou retornar ao outro lado para buscar a esposa, Tania Valessa Ávalos. Mas, ao vê-lo se afastar, a menina se atirou na água. Óscar conseguiu chegar até Valeria, mas ambos foram arrastados pela forte correnteza do rio.
Os corpos foram encontrados próximos a Matamoros, no México, na margem oposta a Brownsville, no Texas, após 12 horas de buscas, a centenas de metros do local onde a família tentou fazer a travessia.


O relato da jornalista se baseia em informações fornecidas por Tania à polícia. Os detalhes do incidente foram confirmados nesta terça-feira por uma autoridade do governo local que não quis se identificar e pela mãe de Óscar, Rosa Ramirez, em El Salvador, que conversou com a nora pelo telefone.


Ramirez contou que o filho e a família dele deixaram El Salvador no dia 3 de abril e passaram dois meses em um abrigo em Tapachula, próximo à fronteira da Guatemala com o México, onde, segundo Tania, receberam um visto humanitário. Após o incidente, ela foi levada para um abrigo de migrantes. Os corpos de seu marido e sua filha deverão ser transportados para El Salvador na quinta-feira.


Wendy Ramirez, irmã de Óscar, disse ao jornal salvadorenho El Diario de Hoy que seu irmão estava assustado com a situação dos migrantes devido à pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, e por isso, decidiu atravessar o rio.


Dias antes Trump havia anunciado um pano de deportações em massa, que ele ele adiou por duas semana enquanto negocia com democratas sobre o futuro de políticas migratórias. Desde que foi eleito, o presidente americano tem como foco impedir que migrantes cruzem a fronteira e aumentar as deportações.


A travessia da fronteira pelo deserto de Sonora ou através do Rio Grande – Rio Bravo para os mexicanos –, na fronteira que se estende por mais de 3,2 mil quilômetros, já fez muitas vitimas. No ano passado, foram registradas 283 mortes de migrantes. O total deste ano ainda não foi divulgado.


Nas últimas semanas, várias mortes ocorreram. No domingo, dois bebês, uma criança pequena e uma mulher foram encontrados mortos, exaustos pelo calor. Em abril, três crianças e um adulto de Honduras morreram após uma embarcação naufragar no Rio Grande. No início deste mês, uma criança pequena da Índia foi encontrada morta no Arizona.

Fonte: DW

ATENÇÃO SR(s) INTERNAUTAS

Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.

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