A falta de espaço para novos sepultamentos no Cemitério da Saudade causa preocupação por parte dos funcionários e população. Em menos de três meses calcula-se que possivelmente estará com capacidade esgotada para novos sepultamentos e há a necessidade de que a secretaria de obras desde já tome providências no sentido de resolver o impasse.

Com uma média de 60 sepultamentos ao mês, os seis funcionários não conseguem dar conta de todo o trabalho que precisa ser feito diariamente. A falta de manutenção da área em vários pontos também se tornou um problema, onde túmulos encontram-se tomados pelo mato e a falta de cuidados, ficando evidente uma intervenção pública diante da situação.

A equipe do Noticiageral.com esteve no local para conferir de perto a situação, que pode se tornar um problema para o município, caso o executivo não tome uma atitude mais enérgica no sentido de gerenciar a questão.

De forma paliativa, o que tem sido feito é a abertura de novos túmulos em locais que eram utilizadas para circulação de visitantes, entre o muro e a sarjeta medindo aproximadamente 4 metros. Esse problema já foi detectado há mais de dois anos, mas nada de concreto foi feito para a ampliação do mesmo ou a criação de um novo espaço.

O diretor de Obras da Semosp, Crispim Bispo Santos dos Reis informou que a prefeitura está ciente dos problemas e que não há nenhum processo em andamento para ampliação ou aquisição de um novo terreno para solucionar o problema. De acordo com Crispim, para os próximos meses as vagas improvisadas deverão suprir as necessidades dentro das previsões normais de sepultamentos que ocorre na cidade.

Crispim falou ainda que futuramente o município poderá apresentar um projeto de lei na Câmara Municipal, autorizando a remoção dos ossos das sepulturas após dez anos. Com isso muitos espaços seriam liberados para serem ocupados por novos sepultamentos.

Paralelo a isso algumas empresas que prestam serviços funerários já oferecem sepultamentos em gavetas, trazendo uma saída viável até que algo possa ser feito definitivamente, “A grande vantagem do sistema vertical é o fato de serem uma alternativa para a necessidade das cidades, em virtude do crescimento da população, além de serem uma opção ecologicamente correta, por não poluírem o meio ambiente – nem o solo, nem o lençol freático”, garante Francisco Fernandes Lopes empresário do ramo.

É certo que obras de expansão, melhorias e manutenções em cemitérios não trazem benefícios políticos aos administradores, mas o abandono, relaxo e desleixo, com certeza, trazem a revolta da população, principalmente quando um ente querido deve ser sepultado e o local, que deveria ter um mínimo de estrutura, está completamente ao léu.

ABANDONO DO CEMITÉRIO DOS PIONEIROS

Pelo que temos acompanhado, os passos para a solução das reclamações estão indo lentamente, ou melhor, quase parando. A prova disso está nas imagens que mostram o estado de abandono do antigo cemitério da cidade de Ji-Paraná, onde o matagal toma conta de tudo. Mas segundo a secretaria de obras tudo é “proposital”, uma vez que a prefeitura pretende criar no local um “bosque” para visitação da população.

O que os munícipes esperam é que enquanto o projeto “ecológico” não acontece, pelo menos o local receba a manutenção adequada, evitando que insetos como mosquito da dengue e outros, não encontre local apropriado para proliferação devido ao mato e sujeira que estão sendo acumulados na área.

Fonte: Claudio Morais / Noticiageral.com

Fotógrafo: Claudio Morais / Noticiageral.com