Sem qualquer tipo de higiene e fiscalização sanitária, verduras e legumes estão sendo comercializados tranquilamente em Feiras Livres, na cidade de Ji-Paraná. Tais produtos estão sendo cultivados nos fundos do Pavilhão do Regime Semi-Aberto do Presídio Agenor Martins de Carvalho e, quando chove, acabam sendo irrigadas pelas águas podres das várias fossas abertas existentes naquele local.

De acordo com uma fonte anônima, um preso cultiva a verdura e as entrega para o seu pai, que por sua vez, as vendem nas feiras livres da cidade. Os Agentes Penitenciários Plantonistas são totalmente contra este cultivo e tentam impedir que a mercadoria seja vendida, mas, segundo a denúncia,  são obrigados pelo Diretor do Semi-Aberto, mediante ordem escrita, a liberar  a saída das verduras. O informante ainda falou que o dinheiro arrecadado nas feiras fica somente para o preso.

Nas imagens abaixo, feitas por um celular, podemos ver, claramente, que a horta fica no meio de fossas e quando chove, todo o espaço fica inundado com os dejetos dos presos. "No meu último plantão, o pai do preso saiu com o carro carregado com essas verduras contaminadas e vendeu tudo na feira da Rua T-14. Depois, ele retornou e entregou todo o dinheiro para o preso. Nós tentamos impedir, mas há uma ordem por escrito que se proibirmos a saída destas mercadorias, sofreremos punições administrativas", relata um Agente Penitenciário que preferiu não se identificar por medo de represálias.

Além da situação da horta, os Agentes também reclamaram sobre as viaturas que fazem as escoltas dos presos. Elas não possuem camburão e os presos são conduzidos dentro das cabines, junto com os agentes. "Todos os dias escoltamos presos para vários lugares da cidade e seis deles estão com suspeita de Tuberculose. Já pensei em pedir minha demissão, mas tenho filhos e esposa para sustentar", desabafou outro funcionário.               

A redação do site comando190 irá acompanhar este caso e divulgará as versões deste caso.                     

Fonte: comando190.com.br/FLS