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Voltar Publicada em 23/02/2014 | JI-PARANÁ - POLICIAL

DEU NO OGLOBO - 'Cabeça' de prefeita de Rondolândia vale R$ 130 mil


 Prefeita Bett Sabah, de Rondolândia (MT), é ameaçada de morte Foto: Arquivo pessoal

(FONTE: Site OGLOBO) Ameaçada de morte por grupos do crime organizado na cidade que administra, a prefeita Bett Sabah (PT), de Rondolândia, na divisa do Mato Grosso com Rondônia, uma das regiões mais violentas do oeste brasileiro, está há uma semana refugiada em Brasília, sob proteção da Secretaria de Direitos Humanos. Ela denunciou à ministra Maria do Rosário as ameaças que vem recebendo: um "emissário" de um desses criminosos fez chegar ao gabinete da prefeita que a sua "cabeça" está a prêmio por R$ 130 mil e que uma motocicleta e armas já teriam sido compradas para executá-la. Jovem, de 36 anos, ela deixou a administração da prefeitura com o vice-prefeito Jair Cerqueira e "retirou" da cidade o marido e dois filhos (de cinco e dez anos).

 

— Eu quero que as autoridades descubram quem está me colocando entre os marcados para morrer na cidade. Eu deduzo quem deseja minha morte, mas não posso dar nomes para não ser leviana. Isso cabe à polícia investigar, mas o problema é que Rondolândia têm apenas três PMs e dois policiais civis, que trabalham em regime de plantão, em duplas.

 

Segundo ela, o delegado de polícia da região, José Ricardo, fica em Juína, a cerca de 550 quilômetros de Rondolândia, uma cidade de 4 mil habitantes, no meio da Amazônia.

 

— Já pedi reforço. O secretário de Segurança do Mato Grosso, Alexandre Bustamanti, me disse por telefone que não tinha policiais para me dar segurança. Não é só para mim, é para a cidade, que vive insegura. A polícia me aconselha a contratar um guarda. Legalmente não posso contratar um policial. Querem que eu contrate um jagunço? — reclamou a prefeita por telefone ontem, em Brasília, quando passava por avaliação de psicólogos da Secretaria de Direitos Humanos.

 

As ameaças à prefeita começaram logo que ela se elegeu por uma vantagem de apenas três votos, embora não relacione o caso ao embate eleitoral. Ela acredita estar sendo vitima de traficantes de drogas e grileiros de terras, numa região que já teve inúmeros assassinatos de políticos, como do ex-presidente municipal do PT, Juarez de Azevedo Gomes, assassinado quatro dias antes de sua eleição em outubro de 2012. Foram assassinados recentemente na cidade também o ex-vereador Rubson de Carvalho, o Rubão, e o líder religioso padre Ezequiel Ramin, que organizou um acampamento de sem-terras no município.

 

— Agora só desejo que me ofereçam segurança e que eu possa voltar para casa. Renunciar à prefeitura eu não vou. Não posso viver a vida toda aqui em Brasília. O que me incomoda mais é o silêncio das autoridades do Mato Grosso para minhas denúncias e relatos — disse, chorando, ao GLOBO.

 

Antes de ficar sob proteção da Secretaria de Direitos Humanos, no meio da semana, a prefeita denunciou o caso ao presidente nacional do PT, Rui Falcão, que acionou o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo.

 

— Como não sou autoridade federal, a Polícia Federal não pode me ajudar — desabafou a prefeita.

 

Procurado, o secretário de Segurança do Mato Grosso, Alexandre Bustamanti, limitou-se a dizer que “o caso está sendo tratado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos, por meio do programa de proteção a testemunhas” e não respondeu se vai aumentar a segurança em Rondolândia.

ATENÇÃO SR(s) INTERNAUTAS

Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.

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