Em um vídeo, gravado por um invasor do acampamento “Machadão”, divulgado em redes sociais, revelam que o grupo possui veículos novos e ostentam muito conforto no assentamento improvisado, com direito à churrasco e música ao vivo. Em tom ameaçador, o responsável pela gravação, incentiva o grup: “Deus por nós e vamos para cima!”
Em um áudio bem comprometedor, postado no grupo dos invasores, um homem, ainda não identificado, pede tranquilidade ao grupo de invasores e fala que já estava em Ouro Preto do Oeste, onde foi buscar uma comitiva de oito pessoas que vieram de Brasília com um documento autorizando a entrada deles na Reserva. O indivíduo também fala que um General estará trazendo o tal documento em mãos e finaliza dizendo que a comitiva de Brasília chegaria no acampamento na quarta-feira passada, dia 15. Porém, na manhã de hoje, dia 16, o mesmo homem envia outro áudio pedindo mais R$ 500 reais para buscar a tal comitiva, mas, desta vez, ele fala que a comitiva ainda estava no Distrito Federal, Brasília. Até o fechamento desta matéria, nenhuma comitiva chegou no acampamento.
Importante esclarecer que a Reserva Biológica do Jaru possui toda a documentação legal e que nenhum órgão de Brasília/DF, reconheceu a autenticidade deste suposto documento. O exército também emitiu uma nota negando qualquer participação em invasão de terras.
Veja o vídeo:
O GOLPE DA TERRA PROMETIDA
No início deste mês, a Polícia Civil, por meio da DRACO 2, deflagrou a 4ª fase da Operação Canaã, para prender invasores de terra que estavam ocupando a Reserva Estadual Parque Serra dos Reis, que abrange Costa Marques (RO) e São Francisco do Guaporé (RO). Durante a Operação, cinco pessoas, incluindo uma advogada, foram presos e 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Segundo a investigação, o grupo criminoso investigado estava reunindo centenas de pessoas sob a promessa de posse perpétua das terras públicas, "induzindo-as a praticar a invasão das áreas, ao mesmo tempo em que lhes exigiam contraprestações em pecúnia para garantia da posse".
Os novos membros eram obrigados a pagar uma taxa mensal de R$ 500 reais mensais para a liderança do movimento.
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