Enquanto a Câmara Municipal correu para casssar o mandato do vereador Wellington Negão por ele usar a palavra “hipócritas” na tribuna — palavra que, diga-se, retratava bem a realidade daquela Casa —, o vereador William Cândido, acusado de ato obsceno e importunação sexual, continua firme no cargo, como se nada tivesse acontecido.
Vergonha pública
De acordo com o boletim de ocorrência, registrado ontem (10), William Cândido foi flagrado pela polícia na Rua Goiânia, entre as Avenidas T-17 e T-18, com as calças abaixadas, se masturbando em frente à vizinha, enquanto a encarava com gestos e expressões libidinosas.
A vítima relatou que o vereador ainda mandava mensagens inconvenientes para o seu telefone e que o ato causou profundo constrangimento.
A polícia confirmou que William apresentava sinais claros de embriaguez, com forte odor etílico e fala desconexa. Ele foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil, onde o caso foi formalizado por ato obsceno (art. 233) e importunação sexual (art. 215-A) do Código Penal.
A vítima contou aos policiais que, ao observar com mais atenção, percebeu que o vereador estava com as calças parcialmente abaixadas, praticando ato de masturbação, enquanto mordia os lábios e mantinha olhar fixo em sua direção, demonstrando intenção libidinosa e causando-lhe intenso constrangimento.
O mesmo vereador já é réu por pedofilia
Vale lembrar que William Cândido já responde a um processo por pedofilia, o que torna a situação ainda mais grave. Mesmo assim, a Câmara Municipal finge que nada aconteceu, mantendo o vereador no cargo e manchando a imagem do Legislativo diante da população.
Dois pesos e duas medidas
Quando o vereador Wellington Negão subiu à tribuna e usou a palavra “hipócritas” para criticar os colegas, a Câmara agiu com rapidez: instaurou processo, fez sessão relâmpago e cassou o mandato dele sem piedade.
Mas agora, diante de um escândalo sexual envolvendo um parlamentar acusado de importunação e pedofilia, o silêncio é sepulcral. Nenhuma nota oficial. Nenhuma fala do presidente da Casa. Nenhuma iniciativa de cassação.
Hipocrisia é pouco. A Câmara mostrou que pune quem fala, mas protege quem envergonha o cargo.
População pede resposta
Nas ruas e nas redes sociais, a indignação cresce. Cidadãos cobram a cassação imediata de William Cândido, alegando que um homem acusado de crimes sexuais não pode representar o povo.
A Câmara Municipal tem agora a chance de mostrar se defende a moralidade pública ou apenas os interesses de quem tem mandato. O povo está de olho — e dessa vez, não vai aceitar silêncio cúmplice.
Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.