A conduta da deputada estadual Ana Dermani (PT do B-Nova Mamoré), levada aos autos pela Justiça de Rondônia através de processo investigatório da Polícia Civil, é chamada na Teoria do Crime como fato típico, ilícito e culpável. Ela foi capaz de formalizar um contrato com assinaturas reconhecidas em cartório para devolver com juros a quantia de R$ 150.530,00 emprestada pelo acusado de tráfico de drogas, Alberto Ferreira Siqueira, o Beto Baba.
Ela “vendeu” 33% dos rendimentos do futuro mandato, a indicação da chefia de Gabinete, a indicação de assessoria no valor de R$ 3.000,00 líquidos e a nomeação de “fantasmas” para a contratação de empréstimos fraudulentos junto as instituições bancárias. O testemunho da irmã da deputada, Lucia Dermani, levaram as conclusões óbvias da Justiça contra a parlamentar, que determinou seu afastamento preventivo da função.
E pior, a deputada Ana da 8 não quis pagar a dívida com os traficantes e sua irmã foi espancada, conforme Boletim de Ocorrência 12E1005007522. Em 2011, Fernando da Gata foi até a empresa GraffNorte, fato testemunhado inclusive pelo dono Isaías Junior, e passou a espanca-la cobrando o pagamento da dívida. Ela sofreu lesões por causa de chutes, socos e “pisões”, confirmados em laudos do Instituto Médico Legal (IML).
Depois do episódio, a deputada resolveu cumprir o acordo firmado em cartório e pagou a dívida com os traficantes-agiotas.
Recibo da agiotagem
Consta nos autos um recibo que Beto Baba dá quitação no valor de R$ 549.500,00 à Ana da 8, valores pagos em 2011 que demonstram “negociatas entre ambos”. A deputada está afastada do cargo preventivamente por 15 dias.
Fonte: rondoniagora
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