O Ministério Público do Estado de Rondônia, por meio da Promotoria de Justiça de Presidente Médici, está apurando uma denúncia formalizada contra a vereadora eleita nas eleições municipais de 2024, Maria Aparecida Origo Lima, conhecida como Cida Origo (PL), eleita com 415 votos.
De acordo com o material entregue ao MP, Cida Origo estaria envolvida em uma possível prática de compra de votos, abuso de poder político e uso indevido de estrutura pública, mais especificamente da Emater, onde exerce função.
O caso ganhou notoriedade após a apresentação de prints, áudios e vídeos que, segundo a denúncia, foram extraídos de um computador da Emater, onde a candidata teria deixado seu WhatsApp Web logado. Entre os arquivos, estão trocas de mensagens com eleitores ocorridas dois dias antes das eleições, nas quais são feitos pedidos de ajuda financeira e combustível para que pudessem se deslocar e votar.
Em áudios atribuídos à candidata, é possível ouvir a suposta concordância com os pedidos, afirmando que quem repassaria os valores seria sua filha, “porque ela não podia” por estar em campanha.
Além disso, foram encontradas pastas com dados de dezenas de pessoas atendidas por Cida Origo com serviços relacionados ao INSS, como entrada em aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade — muitos deles com registros salvos no próprio equipamento da Emater. Há indícios de que parte desses atendimentos foi usada para angariar apoio político, conforme um post publicado pela filha da candidata, que relatou a busca por votos entre os beneficiados pelos atendimentos prestados pela mãe.
Caso a denúncia seja confirmada, a parlamentar poderá responder por:
Captação ilícita de sufrágio (art. 41-A da Lei 9.504/97);
Abuso de poder político e econômico;
Uso indevido de bem público com fins eleitorais.
Essas práticas podem resultar na cassação do diploma, inelegibilidade por até oito anos e processos na esfera penal e cível.
O site Comando 190 reitera que não emite juízo de valor sobre os fatos e reforça que todos os envolvidos têm direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme a Constituição Federal. O espaço permanece aberto para manifestação da vereadora eleita ou de seus representantes legais.
O vídeo contendo parte do material citado será publicado exclusivamente com fins jornalísticos e de interesse público, observando os princípios da liberdade de imprensa e da fiscalização cidadã sobre agentes públicos e processos eleitorais.
O Ministério Público segue com a investigação e reforça que qualquer cidadão pode apresentar denúncias eleitorais de forma anônima, colaborando com a preservação da legalidade e da democracia.
Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.